“O quanto antes iniciarmos esse trabalho, menores são os riscos de sofrermos novamente com o aumento de casos”, disse Adriane Lopes
A fim de evitar um possível aumento no número de casos de dengue, zika e chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a Prefeitura de Campo Grande deve estabelecer e antecipar ações estratégicas de conscientização, engajamento comunitário e controle mecânico (eliminação de focos), mobilizando todas as secretarias e órgãos municipais, instituições parceiras e sociedade civil organizada.
Nesta terça-feira (18), a prefeita de Campo Grande Adriane Lopes esteve reunida com o secretário municipal de Saúde José Mauro Filho, juntamente com a equipe técnica da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e o secretário de Governo e Relações Institucionais, Mario César da Fonseca, para avaliar o atual cenário epidemiológico do Município e iniciar as discussões quanto a realização de uma grande campanha de mobilização.
“É necessário que haja um esforço coletivo para que a gente consiga ter um melhor resultado. E esse trabalho preventivo é fundamental para tanto. O quanto antes iniciarmos esse trabalho, menores são os riscos de sofrermos novamente com o aumento de casos destas doenças (dengue, zika e chikugunya)”, diz a prefeita.
O secretário de Saúde Jose Mauro Filho lembra que uma das formas mais eficazes de prevenção é eliminar os possíveis criadouros do mosquito, sendo para isso necessário o envolvimento e participação de toda a sociedade.
“Não basta o Poder Público fazer a sua parte. É essencial que a população participe com os cuidados necessários contra a doença. Prestar atenção e se autoeducar diariamente, com a finalidade de manter o ambiente sempre limpo para impedir a proliferação do mosquito é de extrema importância”, ressaltou.
Combate diário
O titular da Sesau lembra que há dois anos Campo Grande não enfrenta uma nova epidemia de dengue. Apesar do resultado positivo, fruto das ações estratégicas e do trabalho das equipes da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV), que diariamente visita as casas da capital para combater o mosquito Aedes aegypti, é necessário que os cuidados sejam permanentes.
“E não é somente a dengue que nos preocupa, mas também outras doenças, como a chikungunya. A cidade do Rio de Janeiro sofreu com um aumento da doença que é tão danosa quanto a própria dengue. Por isso é necessário que a gente faça grandes mobilizações, mas também reforça a importância do trabalho diário que é feito pelas nossas equipes”, enfatiza.
Ao todo são mais de 450 profissionais que circulam pelas ruas do Município e reforçam as ações de combate ao mosquito principalmente durante o período de chuvas.
De acordo com o levantamento da coordenadoria, a maior parte dos criadouros dos mosquitos estão dentro de nossas casas, e é por isso que os agentes de combate a endemias vão de porta em porta para conscientizar a população e auxiliar na eliminação de focos. Somente em 2022, foram utilizados quase 5 mil litros de inseticida nos fumacês e nas bombas costais.
As equipes que pulverizam o veneno circulam pelas regiões onde há uma maior incidência de infestação, buscando exterminar com o inseto que está na fase adulta, e assim reduzir a transmissão e crescimento do número de pessoas infectadas com as doenças provocadas pelo aedes.
Dados epidemiológicos
De 1º de janeiro a 21 de setembro deste ano, Campo Grande registrou 7.010 casos confirmados de dengue e sete óbitos provocados pela doença. No mesmo período. Foram confirmados laboratorialmente apenas 1 caso de Zika e 25 de Chikungunya.
Por PMCG