Grandes investimentos projetam melhorias na saúde de Campo Grande

Prefeita Adriane Lopes entregou a nova UBSF Nasri Siufi para a população. Foto PMCG

Prefeitura vai investir na compra de equipamentos e reestruturação de toda a rede de informática da Saúde

A modernização de todo o parque tecnológico da Rede Municipal de Saúde, reforma e entrega de unidades, expansão e consolidação de serviços visando a melhoria da qualidade da assistência prestada à população campo-grandense dão novas perspectivas à área da saúde para este ano de 2023 em Campo Grande.

O Município deve investir cerca de R$ 20 milhões na compra de equipamentos e reestruturação de toda a rede de informática da Saúde, o que irá refletir diretamente na melhoria dos serviços, auxiliar nos processos internos e trazer benefícios no atendimento. Os recursos já estão assegurados.

Conforme o planejamento estabelecido pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), as seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Município, localizadas nos bairros Coronel Antonino, Vila Almeida, Universitário, Leblon, Santa Mônica e Moreninhas, serão completamente reformadas com o objetivo de solucionar problemas estruturais crônicos e melhorar as condições de trabalho para os servidores e o acolhimento ao paciente.

Na projeção de investimentos e melhorias para a área da saúde estão previstas ainda a reforma e revitalização de ao menos outras dez unidades de Saúde, incluindo os quatros Centros Regionais de Saúde (Sesau), além do Centro de Especialidades Médicas (CEM) e bases descentralizadas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). A construção da USF Jardim Perdizes deve ser retomada.

Reprodução

Há previsão ainda da implementação do primeiro Centro de Estudos Municipal de Saúde voltado à capacitação e formação de profissionais da área da saúde. O espaço contará com área total de 430,00 m2, onde serão implantadas sala de informática, biblioteca, salas de aula, sala de reunião, além da recepção e salas administrativas.

No último ano, a saúde do Município de Campo Grande avançou em importantes frentes a partir do investimento na estruturação e melhoria dos serviços. Dez unidades de Saúde foram completamente revitalizadas recebendo pintura externa e interna, reparos no telhado, parte elétrica e hidráulica, adequações de acessibilidade, entre outras melhorias.

O Centro de Doenças Infectoparasitárias (CEDIP) foi completamente reestruturado, recebendo melhorias na parte estrutural, pintura na parte externa e interna, piso, revisão no telhado, parte elétrica e hidráulica, além da ampliação da farmácia, beneficiando mais de 3 mil pacientes que são atendidos no local, com melhor estrutura e ambiência. Localizado no complexo de saúde do Nova Bahia, Região do Prosa, o CEDIP é composto por três unidades: Serviço Ambulatorial Especializado, Atendimento Domiciliar Terapêutico e Hospital Dia.

Reprodução

Moradores do Bairro Santa Emília e região puderam finalmente comemorar a entrega da unidade de saúde do bairro, aguardada por mais de 30 anos. A unidade possui três equipes de saúde da família, formada por médicos, enfermeiros, técnicos, dentistas, agentes de saúde, entre outros, e foi escolhida para receber a residência médica e multiprofissional se tornando uma Unidade Escola. A USF Santa Emília conta ainda com o serviço de Teleinterconsulta, com a oferta de atendimento nas especialidades de cardiologia e psiquiatria.

A Prefeitura de Campo Grande também inaugurou em dezembro de 2022, mais uma unidade de saúde, a USF Dr. Nasri Siufi – Jardim Presidente. Aguardada por décadas pelos moradores da região, a unidade vai beneficiar mais de 9 mil pessoas com atendimento médico e multiprofissional.

A Rede Municipal de Saúde recebeu 17 mil itens novos de enxoval, entre toalhas, lençóis, cobertores, entre outros, para as unidades de saúde, proporcionando melhoria no acolhimento dos pacientes.

O atendimento a pessoas em sofrimento mental foi ampliado em Campo Grande, com a abertura da 4ª Residência Terapêutica tipo II, Dulcinéia de Toboso, localizada no Bairro Monte Líbano. O fortalecimento da rede de assistência psicossocial e o investimento em novas estruturas é fundamental no desenvolvimento e qualidade do atendimento ofertado a estes pacientes, bem como proporciona melhores condições aos servidores.

O serviço de Teleinterconsulta foi expandido passando a integrar a rotina de dez unidades de saúde e a oferecer atendimentos em três especialidades: cardiologia, psiquiatria e nefrologia, com o objetivo de ampliar o acesso dos pacientes. O serviço já acontece nas Moreninhas, Tiradentes, Batistão, Coophavilla, Parque do Sol, Itamaracá, Vida Nova, Noroeste, Oliveira e Santa Emília.

Reprodução

Os convênios para realização de cirurgias eletivas foram ampliados, beneficiando milhares de pessoas que estavam na fila de espera. Somente com o Hospital Adventista do Pênfigo foram executadas 240 cirurgias eletivas por mês de trauma ortopédico eletivo (TOE) e cirurgias do aparelho digestivo. No Hospital São Julião foi realizado mutirão de retinopatia diabética, atendendo 800 pacientes e zerando a fila de espera.

A oferta de exames de ultrassonografia em ginecologia e obstetrícia e doppler obstétrico na Rede Municipal de Saúde foi ampliado com a aquisição de um novo equipamento de ultrassom para o Centro de Atendimento à Mulher (CEAM), passando a ofertar mais 52 exames por mês.

O combate ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya – foi intensificado com a campanha Operação Mosquito Zero, que mobilizou todas as secretarias e órgãos municipais. Mais de 87 mil imóveis foram vistoriados. O trabalho contribuiu para que Campo Grande mantivesse baixos índices de notificações das doenças transmitidas pelo mosquito. Há dois anos a Capital não enfrenta uma nova epidemia de dengue.

A Capital Sul-mato-grossense implementou uma iniciativa inédita no mundo de implantação do método Wolbachia, o “Wolbito em Casa”. Cerca de 3 mil alunos, de 17 escolas municipais, estão envolvidos no projeto.

Campo Grande é uma das cinco cidades do País escolhidas para integrar um projeto executado em parceria com a Fiocruz, a Word Mosquito Program (WMP) e o Ministério da Saúde, que utiliza a ciência como aliada no combate a dengue, zika e chikungunya.

Na Capital, o projeto Wolbachia já está em sua sexta e última fase de liberação de mosquitos com a bactéria de mesmo nome, capaz de inibir a transmissão destas doenças. Na natureza, os chamados “Wolbitos” se reproduzem com os mosquitos selvagens criando uma população de mosquitos incapazes de transmitir a dengue, zika e a chikungunya, contribuindo assim para o controle destas doenças.

Na contramão de outras capitais e do Estado, Campo Grande registrou redução recorde nos casos de dengue, se comparado com os últimos quatro anos. Os índices atuais são considerados satisfatórios. O resultado é reflexo das ações desenvolvidas pelo Município mesmo durante o período de pandemia.

Outros avanços

Reprodução

Desde 2017, onze novas unidades de saúde foram inauguradas em Campo Grande nos bairros: Sírio Libanês, Vila Cox, Oliveira, Azaléia, Dom Antônio Barbosa, Zé Pereira, Cristo Redentor, Arnaldo Estevão Figueiredo, Aero Rancho Granja, Santa Emília e Jardim Presidente, sendo essas duas últimas entregues em 2022, além de três Clínicas da Família nos bairros Nova Lima, Portal Caiobá e Iracy Coelho. Outras 30 unidades foram ampliadas e reformadas.  Atualmente, o Município conta com 73 unidades básicas e de saúde da família e a sexta maior cobertura de saúde da família entre as capitais. A implementação das maiores residências médica e multiprofissional em saúde da família do país também foram preponderantes no processo de fortalecimento da Atenção Primária.

Nos últimos dois anos, mais de 1,4 mil novos profissionais de saúde aprovados em concurso foram convocados, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, dentistas, farmacêuticos, administrativos, entre outros. O quantitativo é mais que o dobro das 633 vagas previstas no edital. O Município conseguiu a habilitação no Ministério da Saúde de diversos serviços, desde a Atenção Básica à Especializada, assegurando um aporte anual de R$ 60 milhões.

O serviço de Teleantendimento instituído durante a pandemia de Covid-19, em 2020, foi ampliado passando a fazer o monitoramento de pacientes com suspeita de Monkeypox. A ferramenta foi implementada para atendimento de casos suspeitos de Covid-19 e outras SRAG e foi recentemente ampliado para atender também os casos da varíola. Sem sair de casa, os pacientes com suspeita da doença podem receber orientações e ser atendidos por um médico.

Por PMCG