Clássico da Semana

Melody é uma fantasia romântica retratada sob o ponto de vista das crianças da história, onde os adultos são apenas personagens secundários. Daniel Lattimer (Mark Lester) é amigo do problemático Ornshaw (Jack Wild). Certo dia, Daniel se apaixona por Melody Perkins (Tracy Hyde) e anuncia a seus pais que quer casar, mas não no futuro e sim no momento presente. Os pais e professores tentam dissuadi-lo e Ornshaw também não aprova a idéia, pois sente que Melody o está distanciando do amigo. Posteriormente, porém, Ornshaw e os colegas de classe se determinam a ajudar o jovem casal. Eles se reúnem em um local distante, para casá-los, mas os pais os seguem e tentam impedi-los. As crianças distraem os pais, enquanto Melody e Daniel fogem em um carro-de-mão sobre os trilhos, com a ajuda de Ornshaw. (sinopse Wikipedia)
Como havia dito, em homenagem a Alan Parker, nesse filme, como roteirista, Alan mostrou nos anos 70, uma manifestação que se apresentava e que ao longo do tempo só se confirmou, gerando várias polêmicas na sociedade e colocando em cheque a moral conservadora religiosa que ainda persiste nos tempos atuais.
O filme é um primor, amor romântico entre jovens na tenra idade. O que está em jogo, e o filme questiona e causa tanta polêmica, é a dominação dos adultos. O que incomoda aos conservadores é a sexualidade de pouca idade deixar de estar à disposição dos mais velhos e dos pedófilos escondidos, vestindo máscara de bons cidadãos.
Com trilha sonora do grupo Bee Gees, o filme, mesmo hoje, emociona e nos faz lembrar de nossos amores quando eramos pré e adolescentes. Numa tradicional finalização de história, fugindo do piegas, de um fim trágico, de uma decepção ou de uma tragédia como Hollywood gosta para “enterrar” assuntos polêmicos. Alan Parker prefere deixar, de forma muito elegante, as conclusões para o público. O destaque fica para a música mais linda que o Bee Gees escreveu, “Melody Fair”.